História do Colégio Maria José |
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O Colégio Maria José completa em 2012, 108 anos de existência educativa. Sua história nasceu junto com o progresso de Conrado Wessel, produtor exclusivo de papéis fotográficos para a KODAK do Brasil. De origem alemã, nascido na Argentina este empreendedor adquire vários imóveis nos bairros de Campos Elíseos, Barra Funda, Santa Cecília e Higienópolis por volta de 1920.
Contam que nesse período, Wessel encontra duas mulheres que seriam muito importantes em sua vida: Frida e Maria José, ambas envoltas em uma aura de mistério.
Maria José era filha de italianos, professora de profissão, moradora do bairro de Higienópolis, onde conheceu Wessel e tornou-se sua amiga. Segundo os boatos, Conrado Wessel mantinha um carinho especial por Maria José, por julgá-la uma mulher lutadora por seus ideais.
Frida era uma mulher da sociedade paulistana, casada com um diplomata quando conheceu Wessel e largou tudo para viver um grande romance. Não se sabe ao certo, mas algum tempo depois, as histórias se fundem em uma só e conta a lenda que a escola fora construída para abrigar um amor impossível entre um homem da sociedade paulista e uma professora. Impossibilitados de viver esse amor, o homem compra a escola para a amada.
Depoimentos
A história real, contada por seu grande amigo, Prof. Caricati, afirma que Wessel era um homem muito inteligente que tinha como meta de vida a construção civil. Diz ele:
-"Conrado tinha uma amizade grande por Maria José e sabia de seus sonhos, por isso achou-se no direito de passar-lhe o imóvel onde já existia uma escola com o nome Instituto Príncipe de Nápoles. Em 1927 esta instituição passa a denominar-se "Instituto Zeppegno” e em 1937, com a mudança de direção, passou a denominar-se Instituto de Educação Maria José”.
Professora Maria José Marrazzo
Tereza Fernandes, ex-aluna do Colégio na década de 50 (1949 - 1956), conta-nos:
-"O que mais admirava no Colégio era não haver qualquer tipo de discriminação. Em minha sala, por exemplo, havia meninos e meninas com dificuldades de aprendizagem, Síndrome de Down, entre outros. O Colégio não tratava ninguém como coitadinho, eram todos iguais. Em 1956, era época de João Goulart. A criançada era toda politizada e tínhamos reuniões pela UNE, greves, passeatas. Enfim, todos revolucionários!”
Ainda outro ex-aluno do colégio, o tradutor e escritor Carlos de Paula, residente em Miami, fala em seu blog dos tempos de colégio:
- "Tenho algumas histórias dessa época, mas hoje me lembrei de um fato engraçado. A escola, cujo nome havia sido mudado para Instituto de Educação Maria José, por que razão não sei, tinha um hino. Não sei se tem até hoje. Não me lembro da letra inteira, lógico. Mas o refrão dizia algo assim 'O Instituto Maria José, (não sei o que) nossas consciências, nós te saudamos de pé'. O hino a gente cantava sentado. Na hora de dizer 'nós te saudamos de 'pé', a criançada toda levantava e era aquela barulheira. Verdadeiro áudio-caos”. (Texto extraído do Jornal do Maria José – ano I – nº 1; Maio/Junho 2009. Karla Sanchez)
Hino do Colégio Maria José
Letra: Dario de Lorenzo
Música: Mario Zan
Somos a mocidade que avança,
à conquista do belo provir.
Primavera nos canta a esperança,
o ideal, temos destro, a sorrir.
O Brasil nos espera, no chama.
Nossa gente nos olha com fé.
Venceremos no estudo e na fama,
no Colégio Maria José.
Somos nós o despertar da vida,
nosso lema é virtude e saber.
Nosso amor pela pátria querida,
é ser forte, estudar e vencer.
Colégio Maria José,
forjador de nossas consciências
nós te saudamos de pé,
oficinas de letras e ciências.
O Colégio Maria José passou por grandes modificações desde então: direção, quadro de professores, mantenedores. Hoje, a nova equipe mantenedora preocupa-se com a história escondida entre tantas paredes. O prédio, tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional passa por algumas reformas a fim de manter preservado este tesouro. O salão principal, antes utilizado como espaço cultural, volta agora às suas origens aguardando a oportunidade onde os trabalhos de seus alunos serão novamente expostos como registro do trabalho que a escola oferece à educação, seguindo a tradição e os sonhos da professora Maria José e de seu amigo, Wessel no início do século XX.
Tânia C. de Camargo Reginato (Ex-Professora de Arte do Colégio Maria José-2009)
Desde a sua fundação o Colégio Maria José procura organizar um conjunto de disciplinas que tem como objetivo maior a formação básica do cidadão, mediante o desenvolvimento da capacidade de pensar e aprender. Ao longo dos tempos houve a preocupação em se criar uma nova identidade visual, com melhorias significativas de nossas instalações para maior destaque junto ao cenário Educacional Paulistano.
Quer saber mais? Conheça o Salão Memorial do Colégio Maria José.
Contam que nesse período, Wessel encontra duas mulheres que seriam muito importantes em sua vida: Frida e Maria José, ambas envoltas em uma aura de mistério.
Maria José era filha de italianos, professora de profissão, moradora do bairro de Higienópolis, onde conheceu Wessel e tornou-se sua amiga. Segundo os boatos, Conrado Wessel mantinha um carinho especial por Maria José, por julgá-la uma mulher lutadora por seus ideais.
Frida era uma mulher da sociedade paulistana, casada com um diplomata quando conheceu Wessel e largou tudo para viver um grande romance. Não se sabe ao certo, mas algum tempo depois, as histórias se fundem em uma só e conta a lenda que a escola fora construída para abrigar um amor impossível entre um homem da sociedade paulista e uma professora. Impossibilitados de viver esse amor, o homem compra a escola para a amada.
Depoimentos
A história real, contada por seu grande amigo, Prof. Caricati, afirma que Wessel era um homem muito inteligente que tinha como meta de vida a construção civil. Diz ele:
-"Conrado tinha uma amizade grande por Maria José e sabia de seus sonhos, por isso achou-se no direito de passar-lhe o imóvel onde já existia uma escola com o nome Instituto Príncipe de Nápoles. Em 1927 esta instituição passa a denominar-se "Instituto Zeppegno” e em 1937, com a mudança de direção, passou a denominar-se Instituto de Educação Maria José”.
Professora Maria José Marrazzo
Tereza Fernandes, ex-aluna do Colégio na década de 50 (1949 - 1956), conta-nos:
-"O que mais admirava no Colégio era não haver qualquer tipo de discriminação. Em minha sala, por exemplo, havia meninos e meninas com dificuldades de aprendizagem, Síndrome de Down, entre outros. O Colégio não tratava ninguém como coitadinho, eram todos iguais. Em 1956, era época de João Goulart. A criançada era toda politizada e tínhamos reuniões pela UNE, greves, passeatas. Enfim, todos revolucionários!”
Ainda outro ex-aluno do colégio, o tradutor e escritor Carlos de Paula, residente em Miami, fala em seu blog dos tempos de colégio:
- "Tenho algumas histórias dessa época, mas hoje me lembrei de um fato engraçado. A escola, cujo nome havia sido mudado para Instituto de Educação Maria José, por que razão não sei, tinha um hino. Não sei se tem até hoje. Não me lembro da letra inteira, lógico. Mas o refrão dizia algo assim 'O Instituto Maria José, (não sei o que) nossas consciências, nós te saudamos de pé'. O hino a gente cantava sentado. Na hora de dizer 'nós te saudamos de 'pé', a criançada toda levantava e era aquela barulheira. Verdadeiro áudio-caos”. (Texto extraído do Jornal do Maria José – ano I – nº 1; Maio/Junho 2009. Karla Sanchez)
Hino do Colégio Maria José
Letra: Dario de Lorenzo
Música: Mario Zan
Somos a mocidade que avança,
à conquista do belo provir.
Primavera nos canta a esperança,
o ideal, temos destro, a sorrir.
O Brasil nos espera, no chama.
Nossa gente nos olha com fé.
Venceremos no estudo e na fama,
no Colégio Maria José.
Somos nós o despertar da vida,
nosso lema é virtude e saber.
Nosso amor pela pátria querida,
é ser forte, estudar e vencer.
Colégio Maria José,
forjador de nossas consciências
nós te saudamos de pé,
oficinas de letras e ciências.
O Colégio Maria José passou por grandes modificações desde então: direção, quadro de professores, mantenedores. Hoje, a nova equipe mantenedora preocupa-se com a história escondida entre tantas paredes. O prédio, tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional passa por algumas reformas a fim de manter preservado este tesouro. O salão principal, antes utilizado como espaço cultural, volta agora às suas origens aguardando a oportunidade onde os trabalhos de seus alunos serão novamente expostos como registro do trabalho que a escola oferece à educação, seguindo a tradição e os sonhos da professora Maria José e de seu amigo, Wessel no início do século XX.
Tânia C. de Camargo Reginato (Ex-Professora de Arte do Colégio Maria José-2009)
Desde a sua fundação o Colégio Maria José procura organizar um conjunto de disciplinas que tem como objetivo maior a formação básica do cidadão, mediante o desenvolvimento da capacidade de pensar e aprender. Ao longo dos tempos houve a preocupação em se criar uma nova identidade visual, com melhorias significativas de nossas instalações para maior destaque junto ao cenário Educacional Paulistano.
Quer saber mais? Conheça o Salão Memorial do Colégio Maria José.
Confira abaixo a galeria de fotos antigas |
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